sábado, 26 de julho de 2008

E VIVA A LÍNGUA PORTUGUESA!!

Por Madalena Silva

"Os líderes da comunidade aprovaram também a declaração "A Língua Portuguesa: Um Património Comum, Um Futuro Global", realçando a importância da concertação, a nível da CPLP, na prossecução de políticas linguísticas que projectem e afirmem a Língua Portuguesa internacionalmente e sejam adequadas à situação de cada Estado-membro."
in, Público, 25/07/2008
Esta novidade constitui um parágrafo de uma notícia saída no Público.
E deixou-me a pensar. (Será que é isso que eles pretendiam?)
Então fui à procura de mais novidades e encontrei as "propostas" do Engº para o tempo da presidência portuguesa da CPLP.
E fiquei muito mais descansada. Eles têm tudo pensado. Os anglo-saxónicos que se acautelem. E os chineses que se "achandrem"! Podem ser não sei quantos milhões ou biliões ou lá o quê, mas não nos vão fazer engolir os ditongos e as vogais abertas, nem empurrados com pauzinhos!
A proposta que eu mais gostei foi a da criação de uma rede de escolas em todos os países. Sobretudo se os manuais de língua portuguesa contiverem os magníficos textos que continham há uns tempos sobre o "Big Brother". Não sei se se mantêm. Posso estar a ser mázinha! Digo eu, sei lá! Prontos!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

FLIP


Só para vos meter um bocadinho de inveja - aproveitando as mensagens que a Walmira tem mandado - e para vos desejar umas boas férias a todos.

Filipa Magalhães

sexta-feira, 27 de junho de 2008

LIVROS A 20 CÊNTIMOS ?!!?

Por Madalena Silva

Pois é!
Quem o diz? O Blogtailors e o Diário Digital. Quem o faz? Ao que parece a Biblioteca Municipal da Azambuja. Para libertar espaço e renovar o catálogo.
Mesmo com o gasóleo ao preço proibitivo do caviar e das trufas brancas do Piemonte - que no Outono passado atingiram os 7 mil euros o kilo - se calhar compensa dar uma passeata até à Azambuja.
É nos dias 27 e 28 de Junho.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

WE ARE THE CHAMPIONS!! (of the World)

Por Madalena Silva


Eu não podia deixar passar! Está-me na massa do sangue como se costuma dizer.
Ao João tenho de agradecer a extraordinária ideia de reabilitar o nosso Demis! Viva o Demis e quem o apoiar.
Mas não ficava bem com a minha consciência ultrapositiva (não esquecer a minha máxima de vida que é: De véspera, quem tem de se ralar é o peru!) se vos deixasse partir para férias com uma cantiga de adeus.
Por isso, aqui deixo aquela que considero que melhor nos retrata no final deste primeiro ano de Mestrado.
E que, simultaneamente, é uma prenda do coração para o nosso Nuno!
(Desculpem-me a preferência mas o Nuno é meu colega de grupo de trabalho e diz que é de direita. Para uma mulher de esquerda assumida como eu - esquerda mesmo esquerda, não é esquerda ao centro e meio campo a rematar para a baliza!! - um colega de grupo de direita é um desafio. No final do mestrado espero ter conseguido que o Nuno assine o Avante! que, para todos os efeitos, é uma publicação periódica.)

Portanto, vejam, oiçam, embebam-se do espírito da coisa! We are the champions!


E fica a minha proposta: o nosso mestrado só acaba para o ano. Este blogue é para continuar. Eu vou continuar a deixar cá coisas. Desafio-vos a todos a fazer o mesmo.

Será o nosso Ponto de Encontro das férias.

Um grande abraço para todos.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Gudbai mai lâve, gudbai!

Por: João Santos

(ler com a música ligada - clicai, por favor)



Pois é, o blog vai de férias.
Ficam as recordações, os posts gigantescos, os erros ortográficos, a sintaxe ignorada, as discussões nos comentários, o layout formatado da blogspot (em tons de azul), ficam as pérolas de sabedoria, os textos não uniformizados, fica a frase do Mallarmé que nem sequer é verdade (é mentira, é verdade), fica o arquivo a lembrar-nos que em 2007 existiram 17 entradas de texto, fica o meu nome ali em cima (à direita, em itálico) a garantir-me direitos autorais inalienáveis, fica o sorriso parvo por causa da palavra inalienável que, inicialmente, escrevi deste modo

ANALIENÁVEL

levando-me a ponderar a hipótese de um possível deslize freudiano, enfim, fica o Demis Roussos (porque todas as desculpas são boas para ouvi-lo).


Meus caros, voltaremos algures em Setembro.
Até lá, despedimo-nos com amizade


os Mestrandos.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Trova do Vento que Passa - Poema de Manuel Alegre

Por Andreia Azevedo





Uma homenagem, embora já atrasada, ao 10 de Junho.
Aqui fica uma lembrança, uma mensagem e uma música que aprecio bastante.

domingo, 8 de junho de 2008

Por Andreia Azevedo

Um livro com um prefácio do autor é mau?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Mestre Goga

Cito David Rodrigues:

"Mestre Goga, um dos expoentes cimeiros da poesia Haiku no Brasil, faleceu há dias com 97 anos. Este poeta deu uma incansável e inestimável contribuição para a divulgação do Haiku em português. Deixo aqui a minha simples homenagem:

Tinha-me esquecido
que deste caqui só fica
a lembrança. "

O editor não se pode esquecer dos autores de Literatura que não vende, dos marginais.

ÀS QUARTAS, COM O PÚBLICO

Por Madalena Silva

Um clássico é sempre um clássico! E o herói Blueberry é definitivamente um clássico da BD.
Saiu hoje o primeiro da colecção, com o Público, numa edição da ASA. É um conjunto de 18 livros de uma BD realista franco-belga - uma grande escola - cuja criação remonta aos anos sessenta e que conta as aventuras de um soldado americano que na maioria das vezes puxava mais para os índios. Como eu sempre gostei de quem é do contra, sou fã. Custam 5,90€ o que para álbuns de BD até é um bom preço.
E já agora, gostava de saber a opinião dos meus jovens e ilustres colegas: ainda se aprecia este tipo de BD, com estes heróis de cowboiada fora do contexto em que foram criados, na geração de sessenta que fez o Maio de 68 e o Flower Power e o Make Peace not War, e Vilar de Mouros (o verdadeiro, o primeiro, o que não tinha casas de banho descartáveis porque nem havia ASAE)?
Digam lá se as Edições ASA e o Público apostaram no cavalo certo quando escolheram este clássico para reeditar.
(As edições antigas eram da Dargaud e julgo que mais recentemente a Méribérica terá editado também alguma coisa mas não tomem isto como garantido porque não investiguei a fundo.)
Por Andreia Azevedo

Um sugestão sobre a definição de mundo editorial, tendo por base uma célebre frase de Da Vinci (1):"A arte nunca acaba, apenas é abandonada".




(1) Na Rua da Escola Politécnica (Museu da Ciência) a exposição - Leonardo da Vinci - o Génio - Aqui

terça-feira, 3 de junho de 2008

Literatura e Humor

Por Carlos Pinheiro

Em tempo de crise, nada melhor do que aproveitar os bons momentos da vida para descontrair e rir um pouco. Inserida numa série de iniciativas levadas a cabo pela Bertrand do Chiado com vista à promoção da leitura, eis a conferência intitulada "O Humor na Literatura" que contará com a presença de Ricardo Araújo Pereira, Rui Zink e Paulo Nogueira (qualquer deles dispensa apresentações). Vai ser certamente uma oportunidade para soltar umas boas gargalhadas e descobrir novos motivos para se ler os livros com mais alegria e mais prazer. Dia 5 de Junho (5.ª feira) às 18h30m na Bertrand do Chiado.

domingo, 1 de junho de 2008

Encadernação de Livros

Por Andreia Azevedo

Tendências a mudar?

Por Andreia Azevedo

Nova Iniciativa Leya...

Hoje - no canal 1 - Simone de Oliveira declamou teatralmente um poema de Álvaro de Campos.
No final da declamação apareceu o emblema da Leya em alto-relevo, bem como a indicação de que a ideia foi concebida pela Inês Pedrosa.
Engraçado, uma das primeiras coisas que aprendemos no início do Mestrado foi o facto do editor quase não aparecer, certo?
Partindo dessa ideia e após ter visto a reportagem sobre a expansão das "marcas brancas" (RTP), ocorre-me neste momento o seguinte...
Não será a "velha máxima" da constante exibição, um modelo que começa a entrar em declínio?

sexta-feira, 30 de maio de 2008

CONTOS DO VODKA LARANJA - II

Por Madalena Silva


Depois de um longo dia de trabalho, a mulher senta-se à mesa, com ar extenuado, e o marido tentando ser amável pega na concha para servir a sopa e pergunta-lhe:
- Sirvo-te?
E ela responde, distraída:
- Às vezes...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O QUE MUDOU EM 10 ANOS

Por Madalena Silva

Nem de propósito! Estava eu a ruminar sobre o meu capítulo dedicado às novas tendências editoriais e ao facto de ainda não estar satisfeita com o resultado quando, em navegação de lazer nas ondas da net, dou de caras com um post no LERBLOG que se intitula DEZ ANOS DEPOIS.
Uma leitura rápida, uma clicadela no link recomendado, e descubro um texto delicioso cuja leitura recomendo vivamente aos que estão interessados em reflectir sobre o que mudou no mundo dos livros nos últimos dez anos.
O texto é de Robert McCrum que foi editor literário do The Observer durante mais de 10 anos, tendo deixado o cargo este mês.
E só para vos dar um cheirinho, ele dá o tiro de partida dizendo-nos que, quando começou, em 1996, aquele mundo seria facilmente reconhecível por nomes como George Orwell, Cyril Connoly, Anthony Burgess ou Clive James. Era um mundo de tinta e papel, de cigarros, de café e bebidas fortes.
Depois estrutura o resto do texto em 10 capítulos pequenos, 10 short chapters, ao longo dos quais nos vai dando as suas impressões sobre Zadie Smith, Amazon, JK Rowling, The Corrections, Festivals, Prizes, Ian Mcewan, Blogs vs Reviewing, Eats,Shoots and Leaves e The Kindle.
É uma pena ser feio plagiar.
Dava um capítulo sobre novas tendências editoriais perfeito!


Copyright,Copyleft and The Creative Anti Commons

Por Andreia Azevedo

Copyright, Copyleft and The Creative Anti Commons - Berlim 2006

Trata-se de um texto que aborda novas perspectivas perante a temática do Direito Autoral, para além de ser um percurso interessante pela História e pelas mudanças de mentalidades.
Citei-o no meu trabalho, mas penso que será muito mais útil para quem está a trabalhar o "Papel do Autor". (Dinis e Ana Faria, creio!)
No final da página encontra-se o link que remete para a tradução portuguesa.

terça-feira, 27 de maio de 2008

"Publicar o que dá, para poder publicar o que não dá."

Manuel Alberto Valente, à conversa com Carlos Vaz Marques, no "Pessoal e Transmissível" da TSF, para ouvir aqui.

Ana Valentim

Rescaldo do 1º dia de Feira do Livro

Por Andreia Azevedo

Depois de tanta lavagem de roupa suja e da chamada publicidade gratuita que aqui se tem referido, ou até mesmo nas aulas, lá me decidi a ir à Feira do Livro no Sábado. Cheguei lá por volta das 17H00. Pouca gente mas muitos comes e bebes.
Comecei a vistoria à Feira pelos alfarrabistas e fui subindo, enquanto a minha mãe me repetia constantemente: - "Haja olhos para isto tudo!"
Chego finalmente à tão badalada secção LEYA. O meu coração palpitava de tamanha ânsia. Confesso que estava à espera de uma apoteose, mas como diz o ditado popular: “foi um balde de água fria”.
Tanto conflito criaram no puro intuito de chamar a atenção e de se promoverem, e no preciso momento em que as atenções se viram para eles, apresentam aquilo?
Os pavilhões quase todos por montar, caixotes nas escadas, os empregados descoordenados e a atrapalharem-se uns aos outros, mas o mais engraçado eram os Staff, a típica imitação do porteiro de discoteca, com a diferença que na feira do livro fui barrada:
“- Ai desculpe, mas não pode entrar porque ainda estamos a montar, mas se vir algum livro que lhe agrade, não se vá embora sem ele.” – Está frase é a chave de tudo!
É isto o ser diferente e são estes os senhores avançados que apontam o dedo aos outros, chamando-os de tradicionais e antiquados editores?
Desculpem, mas dá-me vontade de rir! Promoção de quê? De incompetência?
É a isto que se chama astúcia? Se fossem realmente espertos depois de montar o circo em busca de atenção, apresentavam tudo organizado e ganhavam ainda mais pontos. Fizeram-no?
Lá está, há uma grande diferença entre saber e o parecer que se sabe!


Pontos a favor (porque também sei admitir as coisas):

- Os livros estão dispostos em prateleiras - facilmente saltam à vista - ao contrário da maioria das barraquinhas onde temos que andar a esmiuçar. Se bem que eu gosto de procurar as coisas, logo não me importo;

- O mini parquinho infantil que eles criaram.


Sinceramente não me chateia horrores perceber que as coisas não são terminadas a tempo, chateia-me a prepotência das pessoas em acharem-se melhores do que os outros, quando ainda fazem pior.
Como dizia o Sr. Isaías Teixeira no encontro dos Livros em Desassossego: “Deixem-nos trabalhar e mostrar o que queremos fazer”.
Se nós deixarmos de fazer deles vítimas, eles mostram. E mostram o que se viu!


Uma chamada de atenção:

Quem é que está a trabalhar sobre o marketing?

Ora aqui ficam duas promoções que achei um “mimo”:

- “Leve 3 livros e oferecemos o mais barato”.
- “Na compra de um livro, leva um pacote de pipocas”.

...

ISABEL DA NÓBREGA

Por Madalena Silva
No último JL, saiu uma entrevista belíssima com Isabel da Nóbrega cuja leitura recomendo vivamente.
Deixo aqui um apontamento de que gostei particularmente: "Gosto muito de estar cá. Se pudesse, não morria. Um dia, disse à minha filha que me pusessem na campa: Aqui jaz, indignada, Isabel da Nóbrega".
Subscrevo inteiramente.
Deixo ainda para reflexão e possível tema a discutir entre nós, o excerto de uma das suas respostas sobre o que hoje se edita:
"(...)Quando agora entro numa livraria e olho à esquerda e à direita e só vejo aqueles livros que estão a sair, com aqueles títulos e capas, a que dantes chamávamos livros de gare, que se vendiam nas estações, pergunto-me o que estão a fazer os editores, o que trazem aos novos para comprarem e darem aos amigos? Porque há uma responsabilidade no que se edita. E a verdade é que os grandes escritores actuais talvez sejam menos conhecidos do que uns tantos que escrevem ligeirinho, ligeirinho. Ficamos entre o futebol e esses livros. Não percebo para onde vão."
Nem eu.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Os direitos dos leitores

Caríssimos,

Andamos a falar de Edição como se se editasse em nome de algo maior que o homem, uma deusa literária qualquer, mas esquecemo-nos que no fundo editaremos em nome dos leitores, e os leitores têm direitos.

Daniel Pennac, em "Como um Romance", da Asa, enumera 10 direitos principais:

1- O direito de não ler.
2- O direito de saltar páginas.
3- O direito de não acabar um livro.
4- O direito de reler.
5- O direito de ler não importa o quê.
6- O direito de amar os "heróis" dos Romances.
7- O direito de ler não importa onde.
8- O direito de saltar de livro em livro
9- O direito de ler em voz alta
10- O direito de não falar do que se leu

Dinis