terça-feira, 27 de maio de 2008

Rescaldo do 1º dia de Feira do Livro

Por Andreia Azevedo

Depois de tanta lavagem de roupa suja e da chamada publicidade gratuita que aqui se tem referido, ou até mesmo nas aulas, lá me decidi a ir à Feira do Livro no Sábado. Cheguei lá por volta das 17H00. Pouca gente mas muitos comes e bebes.
Comecei a vistoria à Feira pelos alfarrabistas e fui subindo, enquanto a minha mãe me repetia constantemente: - "Haja olhos para isto tudo!"
Chego finalmente à tão badalada secção LEYA. O meu coração palpitava de tamanha ânsia. Confesso que estava à espera de uma apoteose, mas como diz o ditado popular: “foi um balde de água fria”.
Tanto conflito criaram no puro intuito de chamar a atenção e de se promoverem, e no preciso momento em que as atenções se viram para eles, apresentam aquilo?
Os pavilhões quase todos por montar, caixotes nas escadas, os empregados descoordenados e a atrapalharem-se uns aos outros, mas o mais engraçado eram os Staff, a típica imitação do porteiro de discoteca, com a diferença que na feira do livro fui barrada:
“- Ai desculpe, mas não pode entrar porque ainda estamos a montar, mas se vir algum livro que lhe agrade, não se vá embora sem ele.” – Está frase é a chave de tudo!
É isto o ser diferente e são estes os senhores avançados que apontam o dedo aos outros, chamando-os de tradicionais e antiquados editores?
Desculpem, mas dá-me vontade de rir! Promoção de quê? De incompetência?
É a isto que se chama astúcia? Se fossem realmente espertos depois de montar o circo em busca de atenção, apresentavam tudo organizado e ganhavam ainda mais pontos. Fizeram-no?
Lá está, há uma grande diferença entre saber e o parecer que se sabe!


Pontos a favor (porque também sei admitir as coisas):

- Os livros estão dispostos em prateleiras - facilmente saltam à vista - ao contrário da maioria das barraquinhas onde temos que andar a esmiuçar. Se bem que eu gosto de procurar as coisas, logo não me importo;

- O mini parquinho infantil que eles criaram.


Sinceramente não me chateia horrores perceber que as coisas não são terminadas a tempo, chateia-me a prepotência das pessoas em acharem-se melhores do que os outros, quando ainda fazem pior.
Como dizia o Sr. Isaías Teixeira no encontro dos Livros em Desassossego: “Deixem-nos trabalhar e mostrar o que queremos fazer”.
Se nós deixarmos de fazer deles vítimas, eles mostram. E mostram o que se viu!


Uma chamada de atenção:

Quem é que está a trabalhar sobre o marketing?

Ora aqui ficam duas promoções que achei um “mimo”:

- “Leve 3 livros e oferecemos o mais barato”.
- “Na compra de um livro, leva um pacote de pipocas”.

...

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