Por Madalena Silva
Ainda a propósito da saída de Manuel Alberto Valente da Asa, gostaria de deixar aqui registadas as palavras de Francisco José Viegas sobre MAV, e que me chamaram a atenção quando as li no seu blog A Origem das Espécies:
"Como editor dos meus livros, o Manuel A. V. foi o melhor dos profissionais e o mais atento dos amigos. Separámos amizade e trabalho, respeitando-nos mutuamente, como editor e como autor. Sei que é um dos últimos grandes editores clássicos portugueses. Para ele, a vida dos livros não se reduz ao negócio da edição; acompanhou cada um dos autores, cada fase do processo dos seus livros e construiu e manteve amizades fortes no meio editorial, em Portugal e no estrangeiro, o que diz bem da qualidade do seu trabalho e do seu prestígio como editor. Como autor, sei que não será possível ter um editor como ele, excepto ele mesmo."
Este é, em minha opinião, o retrato de um editor tal como muitas vezes o temos tentado pintar nas aulas de Teoria e, agora, de Técnicas.
A Edição assenta, definitivamente, num mundo de relações e de interacções que se equilibram entre o nível profissional e o nível pessoal.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
"Um editor é um sedutor". Não num sentido brejeiro e aproveitador, mas sim, aliciante e único pela sua exímia dedicação à cultura. :)
Como diria o representante da Leya: "O dinheiro não tem cor", eu acrescento: a inteligência não é para todos.
Enviar um comentário