segunda-feira, 27 de outubro de 2008

CONSIDERAÇÕES À VOLTA DE UM SUCESSO DE VENDAS

Por Madalena Silva


Gosto de visitar um blog chamado 7 Leitores. É um blog colectivo e frequentemente fornece pistas de leitura ou de reflexão interessantes.
Um dia destes, descobri lá um post do Albano Estrela intitulado Das boas e das más razões do sucesso de um livro e dei comigo a pensar que aquele artigo poderia perfeitamente ser o resumo de uma das nossas aulas de mestrado, ou um contributo para o nosso manual, ou um tema a reflectir e a debater no nosso blog. Aconselho-vos vivamente a leitura. Não é que traga grandes novidades mas, até por isso mesmo, é muito interessante descobrir que há mais gente a pensar o mesmo que nós.

Saramago e Meirelles

Por Dinis Lapa

Vejam este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Y1hzDzAvJOY
(Bonito!)

Queria também mostrar a minha surpresa insurpreendida ao ver que a associação dos cegos "estado-unidense" posicionou-se contra o filme por este dar a ideia que se as pessoas se tornarem cegas transformar-se-ão em pessoas más, vis e mesquinhas. Pura ignorância e estupidez. O realizador, politicamente correcto, disse que eles apenas estavam equivocados. A obra é, sucintamente, sobre a natureza humana em situações de desespero.

A NOSSA OPINIÃO CONTA?

Por Madalena Silva


A propósito da Feira de Frankfurt, lembrei-me da nossa Feira do Livro e de um estudo de opinião que vi há dias no site da APEL e que achei interessante.
Recomendo-vos a leitura. Dá sempre jeito saber o que pensam as pessoas relativamente às coisas sobre as quais nós próprios dissemos o que nos pareceu que devia ser dito.
Embora não tenha participado no estudo, devo dizer que concordo em absoluto com a opinião da maioria sobre os WC.
E fiquei um bocadinho ansiosa com o resultado obtido pelo Espaço Leya - será que para o ano voltamos a ter a mesma "cowboyada" para ver em que modelo se monta a Feira?
Espero bem que não.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O MISTERIOSO CASO DOS FUTUROS BEST-SELLERS DESAPARECIDOS

Por Madalena S.

Não resisti! O que querem? Eu sou assim, malina!
Andava por aqui nas minhas pesquisas, a ver as notícias do dia, e o que descubro eu no Sol, com largo desenvolvimento e abundância de pormenores no 24 horas?
Que o nosso aclamado autor de best-sellers, Miguel Sousa Tavares, teve um assalto na casa de Lisboa e "abifaram-lhe" o pc, carregadinho de informação e de literatura em velocidade de cruzeiro, na senda de mais dois tops dos tops, um a meio e mais um quinto de outro.
Cópias de segurança, "viste-las"!
Deixaram-lhe tudo, menos a literatura.
O caso merece reflexão profunda. Quem foi? Há várias possibilidades. A saber:
1- Um ou vários leitores, organizados em quadrilha, com o intuito de impedir a publicação de mais livros deste autor;
2 - O editor que achou que estava a ser enganado e não havia mais livro nenhum; (neste caso admite-se que o material venha a aparecer abandonado algures entre Vila Nova de Milfontes e a Zambujeira do Mar);
3 - O José Rodrigues dos Santos, para se inspirar;
4 - O Rui Zink, porque sim;
5 - Eu, que estou numa fase da vida em que qualquer coisa serve para me distrair da crise mundial;
6 - O Mané Coxo, o Licas Batuque e o J.C. Red Eye, que precisavam de alimentar o vício, conheciam os arredores, perceberam que a casa estava às moscas, viram a forma de lá entrar e gamaram a única coisa que conseguiriam vender rapidamente para garantir o financiamento da dose diária.
Eu estou mais inclinada para a última opção. Acho-a mais plausível.
- Então e os documentos do homem? - perguntam vocês.
- Ora essa! Então e o homem vai de fim-de-semana para o Porto e deixa os documentos em casa?!? - respondo eu.
- Esqueceu-se?... - questionam vocês.
- Hum... aqui há gato!... - insinuo eu, sinuosa e maledicente.
Muito bem, aqui vos deixo este primeiro capítulo desta magnifica aventura e desafio-vos a darem-lhe continuação.
Quem lhe pega?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

É ISSO AÍ, SEU MURILO!!

Por Madalena S.


Tinha eu acabado de deixar um comentário no post anterior, confessando a minha lamentável ignorância relativamente ao feliz contemplado com o Prémio Leya, quando, em pesquisa aplicada na blogosfera tentando descobrir coisas sobre o dito, me deparo com um post no Bibliotecário de Babel, admitindo exactamente a mesma brancura de dados.
Fiquei logo mais contente. Afinal o defeito não é meu.
Mas o melhor do post são os comentários. Um deles fornece, finalmente, informação sobre o Murilo - jornalista, faz documentários para a TV, na Amazónia, e estreou-se assim na escrita - toma lá 100 mil euros.
Lembram-se quando discutimos sobre quem é que iria ganhar com a atribuição deste prémio? Agora já temos a certeza: Seu Murilo recebe em numerário mas a Leya recebe em espécie já que só com o facto de o prémio ir para o Brasil, numa altura em que os ânimos luso-brasileiros estão quase em vias de facto por causa do acordo, vai chegar pela certa uma época de controvérsia que vai colocar de novo o nome do grupo nas 1ªs páginas.
Digo eu, sei lá!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Prémios Prémios Prémios e Muito Amor Pelos Felinos

por: João Silveira


PRÉMIO LEYA: e o vencedor é: Murilo António de Carvalho com O Rastro do Jaguar.
MAN BOOKER PRIZE 2008: and the winner is: Aravind Adiga, com The White Tiger.

domingo, 12 de outubro de 2008

Por Andreia Azevedo

Buenas Pessoal!
Aqui fica a minha sugestão (embora um pouco atrasada) do nova imagem do blogue. Quem tiver algo a dizer, que diga agora ou se cale para sempre. :p

Aproveito ainda para deixar a minha primeira sugestão de reflexão, neste 3º semestre de Mestrado:

Até que ponto poderemos ressalvar o estilo de um autor?

Almedina comprou Actual Editora

Por Carlos Pinheiro

A Almedina - uma das principais editoras portuguesas na área do Direito e proprietária de várias livrarias, uma delas de grande dimensão, no Atrium Saldanha, em Lisboa - comprou a Actual Editora, especializada em Economia e Gestão. Segundo o presidente do Grupo Almedina, Carlos Pinto, o objectivo passou por alargar o catálogo de livros técnicos e profissionais publicados, alargando-o às áreas económicas. O Grupo Almedina inclui ainda as Edições 70, chancela preponderante no domínio das Ciências Sociais e Humanas, como a História, a Sociologia e a Linguística.

Planeta volta para Portugal

Por Carlos Pinheiro

A Planeta, uma das maiores editoras espanholas, europeias e mundiais (a sétima, ainda antes de ter adquirido o grupo editorial francês Editis), com uma enorme presença em todos os países sul-americanos e crescente projecção no Brasil, vai voltar para Portugal, agora com a sua própria marca, começando a publicar muito provavelmente no início de 2009. Recorde-se que a editora fundada em 1949 em Barcelona, comprou uma das principais editoras portuguesas, a D. Quixote, a Nelson de Matos, em 1999, acabando por a vender ao grupo Leya em final de 2007, depois de ela própria, Planeta, ter tentado comprar (ou pelo menos estudado essa possibilidade) outras editoras, designadamente a Verbo, a Gradiva e a Terramar, sendo o seu objectivo conseguir 20% do mercado - objectivo falhado, no final das contas.

Santillana entra na ficção

Por Carlos Pinheiro

A Santillana, um gigante editorial de língua espanhola, pertencente ao grupo Prisa, vai lançar-se também na edição de livros não-escolares em Portugal. A editora, com forte implantação no mercado da América Latina, já edita livros escolares no nosso país com a chancela Santillana Constância. Agora, decidiu apostar num segmento de mercado muito disputado onde os maiores grupos concorrenciais são os da Leya, da Bertelsmann e da Porto Editora.

Novo site sobre Literatura portuguesa

Por Carlos Pinheiro

Acaba de surgir um novo espaço na Internet dedicado à Literatura e à Língua Portuguesas: http://www.pnetliteratura.pt/. Nele surgem críticas de poesia, romance e tradução (por Jorge Reis-Sá, Pedro Teixeira Neves e Maria do Carmo Figueira, respectivamente), bem como textos inéditos de Almeida Faria e Gonçalo M. Tavares. A coordenação é de Luís Carmelo, que também assina crónicas.

Novo site da APEL

Por Carlos Pinheiro

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) colocou no ar um novo site: http://www.apel.pt/. Além da informação sobre a Associação e os associados, o site possui um centro de documentação (com estudos e estatísticas, bem como material sobre direitos de autor ou apoios e incentivos à edição), um catálogo bibliográfico e uma página de notícias.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

...E O NOBEL VAI PARA... LE CLÉZIO!

Por Madalena S.


Jean Marie Gustave Le Clézio é o novo Nobel da Literatura.
O último francês a receber este prémio tinha sido Claude Simon, em 1985, e antes disso, em 1964, Jean Paul Sartre recusou o prémio!
Claro que houve mais, entre eles Mauriac, André Guide ou Roger Martin du Gard, apenas a título de exemplo.
E, curiosamente, o primeiro nobel, em 1901, também foi para um francês - Sully Prudhomme.
Coloco à consideração: quem conhece a obra de Le Clézio? Quem já leu?
Eu confesso que apenas conheço o nome mas nunca me cruzei com a sua escrita.
Este é talvez o grande efeito imediato do Nobel da Literatura - às vezes os premiados são autores de quem a maioria das pessoas nunca ouviu falar e, por via do prémio, passam a constar na galeria dos nomes a ter na estante lá de casa, por um lado, e a ler qualquer coisa, por outro. Já não é mau.
Para não falar dos próprios para quem, ao que parece, é de facto bastante bom.
É claro que há muitos que, se eram desconhecidos antes do prémio, continuam a ser desconhecidos depois do prémio - quem passou a conhecer e a ser leitor assíduo do Vidiadhar Surajprasad Naipaul, de Trinidad e Tobago, que foi galardoado pela Academia Sueca em 2001, ponha o dedo no ar!
E que dizer do Bjornestjerne Martinus Bjornson que foi o premiado de 1903 e que há-de ser certamente muito famoso na sua Noruega natal por cujo hino é inclusivamente responsável, ao que parece, mas que há-de estar por aí nos fundos das bibliotecas a ganhar pó?
Bom, quero eu dizer com isto o seguinte: o nobel da literatura, e se calhar de outras disciplinas, equivale aos 15 minutos de fama a que todos aspiramos e apenas alguns alcançam?
Está aberto mais um debate.
Sobre Le Clézio e o nobel podem ler-se mais coisas também no Blogtailors.

O CADERNO DE SARAMAGO

Por Madalena Silva


Para quem gosta de Saramago, há um novo sítio para o ler regularmente aqui na net: O caderno de Saramago, em http://caderno.josesaramago.org/, um blog sui generis já que o escritor se limita a criar os conteúdos cabendo a manutenção do blog a Pilar, Sérgio e Javier, tal como o próprio nos diz no breve editorial, ou apresentação, ou lá o que é o pequeno texto à margem.
Os comentários também estão fechados pelo que apenas temos a possibilidade de ler, não interagindo de modo nenhum com o escritor.
Mas ainda assim, não deixa de ser um prazer dispor de um novo texto do Saramago quase diariamente.
Aconselho vivamente a leitura do 1º texto, no dia 17 de Setembro que, como o próprio explica na nota introdutória, é uma espécie de carta de amor a Lisboa.
Quando o li, pensei de imediato n' O ano da morte de Ricardo Reis, em minha opinião o mais belo romance do nosso nobel.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

MORRA O PINTO, MORRA! PIM!

Por Madalena S.


Hoje, 7 de Outubro, da.puta.madre teceu um comentário ao post do Carlos Pinheiro sobre Paulo Teixeira Pinto, em 1 de Agosto.
Já leram? Não? Leiam. E depois expliquem-me.
Caro, ou cara, da.puta.madre: não consegui perceber tão grande zanga com o PTP.
Mas isso não invalida que também eu não goste do homem. Que, verdade se diga, não gosto.
Agora, será que é porque ele não é poeta? Ou, pelo contrário, porque ele é um poeta de truz?
Não acreditam?!
Atentem na notícia saída no Público em 18 de Janeiro passado: o homem entrou no bcp em 1995, foi promovido a presidente em 2005 e foi despedido dois anos depois, em 2007, o que lhe deu direito a uma indemnização de 10 milhões de euros e mais uma pensão anual vitalícia de 500 mil euros. Não sou eu que digo, é o Público que é um jornal sério.
Eu posso perfeitamente falar mal porque parte destas verbas sai dos juros que o bcp me come por me ter emprestado o "guito" para eu comprar a minha casa. Ou seja, também ajudo a sustentar o poeta!
Mas temos de ser sinceros - o que nos faz falar mal não é um bocadinho de inveja?
Convenhamos que um tipo que ao fim de 12 anos num banco consegue "negociar" a sua saída com estas condições, das quatro, cinco: ou é um ás do pedal, ou é um ás do pedal que ainda por cima conhece bem as bicicletas ilegais dos outros ases do pedal!
Portanto, poeta não será. Ciclista é de certeza. E editor? É? Ou não é? Comprou a Guimarães. Fui à net mas a página está em construção.
Procurei pela Atica. Não encontrei nada. O que é mau sinal porque significa que, mesmo que a informação lá esteja, está tão mal arrumada que é como se não estivesse.
De modo que decidi colocar à consideração geral, deixando um pequeno inquérito:
Avalie cada questão de 1 a 5, sendo que 1 é "não"; 2 é "nem não, nem sim, antes pelo contrário"; 3 é "que é que temos a ver com isso?"; 4 é "pois, 'tá bem, na volta cá te espero" e 5 é "caguei!"

1 - Paulo Teixeira Pinto é um poeta
2 - Paulo Teixeira Pinto não é poeta, mas faz poesia
3 - Paulo Teixeira Pinto é um tipo rico, não é poeta, nem faz poesia, mas é editor
4 - Paulo Teixeira Pinto não é editor
5 - Paulo Teixeira Pinto venceu o Tour de France mais vezes que o Lance Armstrong
6 - Paulo Teixeira Pinto pedala enquanto faz poesia e edita a biografia não autorizada do Joaquim Agostinho
7 - Paulo Teixeira Pinto é um Dantas, pim pam pum
8 - Morra o Pinto, Morra! Pim

Está aberto o debate.
Fico à espera dos comentários para criarmos aqui um Fórum de discussão em torno do PTP.

domingo, 5 de outubro de 2008

DINIS MACHADO, in memoriam.

Por Madalena Silva

Há algum tempo que estamos parados. As férias e o início dos estágios para muitos, e do trabalho e preparação de projectos para outros, fizeram com que o nosso blogue se acomodasse algures no sossego da rede em silêncio e quase sem se dar por ele.
Por outro lado, julgo que o facto da "criadora" do aspecto e da organização do blogue ter sido a Andreia, terá inibido os restantes no que respeita a actualizações diferentes do que sejam as simples mensagens e comentários.
Ora, como sabem, eu sou pouco inibida e se, até agora, a Andreia não lhe mexeu é porque certamente não pode e, como tal, alguém tem de se chegar à frente. O blogue é colectivo se bem estão lembrados.
E porquê hoje? - Perguntam vocês.
Por várias razões. - Respondo eu. A saber:
1 - Porque até hoje também não tinha tido tempo.
2 - Porque hoje é dia de comemorar a República e como já não há republicanos genuínos, daqueles que andaram aos tiros na rua (ao que parece o último conhecido finou-se no ano passado), alguém tem de assinalar as efemérides.
3 - Porque estou um bocado azul com este roubo descarado que constitui a coincidência de um feriado num domingo! Devia haver uma lei a proibir estas coisas.
4 - Porque (e esta é de facto a mais importante e a que deve verdadeiramente contar) não se pode ter um blogue sobre edição e não prestar tributo a Dinis Machado, falecido ontem aos 78 anos.
Transcrevo aqui a nota biográfica constante da badana da minha edição de O que diz Molero, publicada em Fevereiro de 1987 pelo Circulo de Leitores, com licença editorial por cortesia da Livraria Bertrand:
"Dinis Ramos Machado nasceu a 21 de Março de 1930, em Lisboa. Viveu no Bairro Alto até aos trinta e três anos. Foi jornalista desportivo no Record, no Norte Desportivo, no Diário Ilustrado e no Diário de Lisboa. Organizou no princípio dos anos sessenta, os primeiros ciclos de cinema da Casa da Imprensa e fez crítica de cinema na revista Filme onde "escrevi as minhas grandes primeiras asneiras verdadeiramente convencidas".
Praticou de tudo um pouco, do poema à entrevista, espalhado ao desbarato. Escreveu três livros policiais em 1967 (Mão Direita do Diabo, Requiem para D. Quixote e Mulher e Arma com Guitarra Espanhola) com o pseudónimo de Dennis McShade na colecção Rififi, que dirigia na altura. Publicou dez anos depois O que diz Molero, que teve treze edições, com cerca de cem mil exemplares vendidos. O livro foi traduzido em espanhol, búlgaro, romeno e alemão. Fez também adaptações e outros trabalhos para televisão. Publicou em 1984 o texto Discurso de Alfredo Marceneiro a Gabirel Garcia Márquez, ilustrado por Fátima Vaz."
A actualização desta nota biográfica pode ser feita a partir de algumas notícias saídas entre ontem e hoje nos periódicos nacionais:
Correio da Manhã
Lusa
TSF online
RTP
DN
PÚBLICO
RR

Deixo ainda o link para a entrevista publicada no P2 do Público, no dia em que fez 77 anos e cuja leitura recomendo vivamente.
A concluir, direi que independentemente de todos os textos que escreveu e publicou, e que merecem ser lidos, O que diz Molero é igualmente leitura obrigatória e devia constar dos manuais escolares. (Não sei se consta, mas a fazer fé nos decisores da educação neste país, tenho sérias dúvidas. Alguém me diga se estou enganada que eu farei aqui publicamente a minha contrição.)
Por isso, como TPC para todos os meus colegas: ler, ou reler, O que diz Molero.
E um obrigado ao Dinis Machado, por ter escrito este e outros.