sexta-feira, 23 de maio de 2008

Leya do Fivro

Por: João Santos

Segundo o PÚBLICO, a Leya terá 15 barraquinhas no topo superior direito da Feira do Livro de Lisboa, todas à sua imagem e semelhança. Depois de tanta discussão admito que estou à espera de tapetes vermelhos, bungee jumping com os escritores, tendas de strip literário (em vez de notas, oferecemos sonetos e novelas às meninas), fogo de artíficio e até, quem sabe, uma benção do amigo Berardo.
Se só tiver bons livros com 20% de desconto também é simpático.


Lembro-me da Madalena comparar (e bem) o espírito da Feira com o do Avante!.
Madalena, em tudo estes dois acontecimentos se aproximam. Toda esta história em torno da Feira me lembra o choque que alguns avantistas - mais avessos aos perigos da globalização - tiveram ao encontrar, em pleno chão da Quinta da Atalaia, uma barraquinha da Pizza Hut e outra, mesmo ao lado, da KFC. Foi uma histeria de fotos e comentários e ameaças com copos de imperial (de plástico).
No dia seguinte, já havia fila para se lá pestiscar qualquer coisa.
Confesso que, entre tanta luta, o que mais me preocupa é ver se as barraquinhas não XPTO se organizaram como deve ser; caso contrário (e assim como aconteceu no Avante!), de tão distraídas com guerras e ultrajes, acabarão como as associações e casas de petisco tradicionais que se esqueceram de ter comida suficiente para toda a gente.

Abre amanhã.

2 comentários:

Anónimo disse...

Abre amanhã, num chuvoso dia de Maio.

Será isto tudo concorrência desleal? Só espero é que ter uma barraquinha diferente custe bem mais. Assim seria mais justo.

Madalena S. disse...

Ó João,
então e também no Avante, a malvada Coca Cola, rainha dos imperialismos? Foi do bom e do bonito.
Mas estou inteiramente de acordo contigo. Correndo o risco de parecer adepta da Teoria da Conspiração, às vezes fico a pensar se tanta barbaridade dita e feita não é para nos distrair das coisas importantes. Como a recente história do Sócrates fumar no avião. Às tantas até parecia que numa visita de Estado a um país que, ainda por cima, levanta questões polémicas, não se passou nada de importante para além do 1º ministro pregar uns pregos mais no caixão dele e de alguns assessores que, com certeza, não tiveram nariz para lhe dizer apague lá a beata que nos incomoda!
Somos mesmo o país dos "faite daivers" como dizia o bom do Zé Maria!
E a respeito das barraquinhas da Leya, espero que no toca ao strip literário também haja meninos!!! Olha lá a descriminação de género!