segunda-feira, 12 de maio de 2008

Livro = Mercadoria Espiritual - Artur Anselmo

Por Andreia Azevedo

"(...) ao livro o que lhe pertence: o seu valor material, a sua condição de ropica pnefma (1), isto é, de mercadoria espiritual, que não deixa de ser mercadoria pelo facto de ser espiritual. Só que esta última característica, dando ao livro o sopro da razão animada, reclama também para a mercadoria do espaço mais lato e mais aberto, onde perpassa a variedade do estilo do livro, pela procura insistente de novos temas, novas soluções, novos arranjos, novos motivos de atracção do leitor potencial.
O livro voga, assim, na onda transitória da moda, como quem se dá bem com o seu tempo, mas não deixa de continuar a desafiar os séculos dos séculos, o que explica a poderosa "novidade" dos livros antigos (...)"

Anselmo, Artur; História da Edição em Portugal - Vol. I - capítulo 1 - Pág. 8; Lello e Irmão Editores; 1991.

(1) Título de uma Obra de João de Barros, publicada em 1532: http://joaodebarros.tripod.com/obras.htm

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