segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

NO ANO NOVO... NOVIDADES.

Por Madalena Silva

Antes de mais bom ano para todos. A imagem de Janeiro, aqui ao lado, é o meu presente para vocês. Faz parte de um dos meus filmes de culto. A quem nunca viu a Vida de Brian, dos Monty Phyton, recomendo vivamente como terapia anti-depressiva com muito superiores vantagens em relação a qualquer Prozac ou Xanax ou similares.
Para que não digam que este blog não tem préstimo, chamo aqui a atenção para os seguintes cursos:
Cursos em Lisboa:
Curso de Técnicas de Tradução de Inglês (18h), por Fernanda Semedo. Dias 26 e 28 de Janeiro e 02, 04, 09 e 11 de Fevereiro de 2009. Valor do curso: 225€. Refª de assunto de email: TTI.
Curso de Revisão - Nível intermédio (18h), por Helder Guégués. Dias 23, 24, 30 e 31 de Janeiro . Valor do curso: 225€. Refª de assunto de email: Revisão 2B.
Curso de Escrita Reconstrutiva - escrita criativa (28h), por Possidónio Cachapa. Dias Dias 3, 5, 10 e 12, 21 e 26 de Março e 14 e 16 de abril.. Valor do curso: 250€. Refª de assunto de email: Possidónio Cachapa.

Todos eles estão publicitados no Blogtailors onde é possível encontrar mais informações a respeito.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Rogério de Moura

por Sofia Madalena

Este é o orbituário de Rogério de Moura, publicado hoje em meia página do Público. Não me parece que seja por isso que é importante...


Ontem, na editora onde estou a estagiar, alguém descobriu com tristeza que este editor tinha morrido e eu nem sabia muito bem quem ele era. Quer dizer: sabia que estava à frente da Livros Horizonte desde sempre mas pouco mais. O interessante no meio disto tudo é estar em contacto com pessoas que o conheciam e perceber que ele era "um dos últimos editores humanos deste país", a pessoa preocupada com os amigos (ainda que fossem editores de outras casas), com os colegas, com o mundo em que tocava.


Editou muitos livros (coisa que, como aprendemos, qualquer um pode fazer, mas os livros dele eram um risco - coisa que permite uma sobrevivência difícil mas uma satisfação plena) mas, acima de tudo, tocou muita gente (aquilo que poucos vão conseguir). Digo isto porque já percebi que há por aí gente que se vende por muito pouco, muito pouco mesmo.


Gosto de pensar que o Rogério de Moura não era assim. E digo-o porque muitos mo disseram, e eu acredito. Porque como vivi pouco resta-me ouvir o que outros viveram. E não, não sou ingénua, apenas acho que é razoável. Sempre achei que o editor estava evolto numa aura especial, de respeito e honestidade, e espero conhecer muitos mais assim.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Encerramento da Byblos

Por Carlos Pinheiro

Um ano depois de ter sido inaugurada com toda a pompa e circunstância, eis que a Byblos fecha portas. É estranho que uma livraria como estas (a maior do país quer em dimensão ocupada quer em número de livros disponíveis, bem como a mais sofisticada em termos tecnológicos), anunciada como um projecto que tinha consistência, fortes possibilidades de expansão (com a abertura prevista de mais lojas por todo o país), e que vinha revolucionar o panorama editorial (basta lembrar a promessa da disponibilização ao público dos fundos de catálogos de todas as editoras nacionais), pudesse ter este fim e de um modo tão abrupto. Quando vi a notícia pela primeira vez na televisão, fiquei estupefacto. Não queria acreditar. Contudo, é mesmo verdade. Perante isto, comecei de imediato a reflectir sobre alguns aspectos que poderiam estar relacionados com a queda deste gigante:

1.º Porque é que a livraria só encerrou agora? Ao que parece, há já alguns meses (quase desde o início) que o negócio não estava a correr bem. Por outro lado, fechar portas em pleno mês de Novembro (a poucas semanas do Natal), também não me pareceu a estratégia mais adequada. É bom não esquecer que os últimos dois meses do ano são a época de vacas gordas para as editoras, que conseguem obter lucros semelhantes àqueles que fazem ao longo de todo o resto do ano. Ou será que já nem o menino Jesus poderia fazer um milagre e salvar a livraria da falência?

2.º Quais as razões para este encerramento precoce? Será que tem alguma coisa a ver com a crise que todos nós sentimos nas carteiras? Será que as pessoas estão a comprar menos livros? Será da concorrência de outras grandes livrarias? Será da localização? O que acham?

Neste sentido, fiz uma pequena esquisa por alguns blogues especializados e encontrei três artigos muito interessantes nos quais os respectivos autores discutem as razões que segundo eles conduziram a esta situação. Aconselho vivamente a sua leitura (Eduardo Pitta, Jaime Bulhosa e Carla Maia de Almeida).

Deixo-vos com a seguinte reflexão em forma de pergunta - «Byblos: sonho ou ilusão?»

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

CONSIDERAÇÕES À VOLTA DE UM SUCESSO DE VENDAS

Por Madalena Silva


Gosto de visitar um blog chamado 7 Leitores. É um blog colectivo e frequentemente fornece pistas de leitura ou de reflexão interessantes.
Um dia destes, descobri lá um post do Albano Estrela intitulado Das boas e das más razões do sucesso de um livro e dei comigo a pensar que aquele artigo poderia perfeitamente ser o resumo de uma das nossas aulas de mestrado, ou um contributo para o nosso manual, ou um tema a reflectir e a debater no nosso blog. Aconselho-vos vivamente a leitura. Não é que traga grandes novidades mas, até por isso mesmo, é muito interessante descobrir que há mais gente a pensar o mesmo que nós.

Saramago e Meirelles

Por Dinis Lapa

Vejam este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Y1hzDzAvJOY
(Bonito!)

Queria também mostrar a minha surpresa insurpreendida ao ver que a associação dos cegos "estado-unidense" posicionou-se contra o filme por este dar a ideia que se as pessoas se tornarem cegas transformar-se-ão em pessoas más, vis e mesquinhas. Pura ignorância e estupidez. O realizador, politicamente correcto, disse que eles apenas estavam equivocados. A obra é, sucintamente, sobre a natureza humana em situações de desespero.

A NOSSA OPINIÃO CONTA?

Por Madalena Silva


A propósito da Feira de Frankfurt, lembrei-me da nossa Feira do Livro e de um estudo de opinião que vi há dias no site da APEL e que achei interessante.
Recomendo-vos a leitura. Dá sempre jeito saber o que pensam as pessoas relativamente às coisas sobre as quais nós próprios dissemos o que nos pareceu que devia ser dito.
Embora não tenha participado no estudo, devo dizer que concordo em absoluto com a opinião da maioria sobre os WC.
E fiquei um bocadinho ansiosa com o resultado obtido pelo Espaço Leya - será que para o ano voltamos a ter a mesma "cowboyada" para ver em que modelo se monta a Feira?
Espero bem que não.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O MISTERIOSO CASO DOS FUTUROS BEST-SELLERS DESAPARECIDOS

Por Madalena S.

Não resisti! O que querem? Eu sou assim, malina!
Andava por aqui nas minhas pesquisas, a ver as notícias do dia, e o que descubro eu no Sol, com largo desenvolvimento e abundância de pormenores no 24 horas?
Que o nosso aclamado autor de best-sellers, Miguel Sousa Tavares, teve um assalto na casa de Lisboa e "abifaram-lhe" o pc, carregadinho de informação e de literatura em velocidade de cruzeiro, na senda de mais dois tops dos tops, um a meio e mais um quinto de outro.
Cópias de segurança, "viste-las"!
Deixaram-lhe tudo, menos a literatura.
O caso merece reflexão profunda. Quem foi? Há várias possibilidades. A saber:
1- Um ou vários leitores, organizados em quadrilha, com o intuito de impedir a publicação de mais livros deste autor;
2 - O editor que achou que estava a ser enganado e não havia mais livro nenhum; (neste caso admite-se que o material venha a aparecer abandonado algures entre Vila Nova de Milfontes e a Zambujeira do Mar);
3 - O José Rodrigues dos Santos, para se inspirar;
4 - O Rui Zink, porque sim;
5 - Eu, que estou numa fase da vida em que qualquer coisa serve para me distrair da crise mundial;
6 - O Mané Coxo, o Licas Batuque e o J.C. Red Eye, que precisavam de alimentar o vício, conheciam os arredores, perceberam que a casa estava às moscas, viram a forma de lá entrar e gamaram a única coisa que conseguiriam vender rapidamente para garantir o financiamento da dose diária.
Eu estou mais inclinada para a última opção. Acho-a mais plausível.
- Então e os documentos do homem? - perguntam vocês.
- Ora essa! Então e o homem vai de fim-de-semana para o Porto e deixa os documentos em casa?!? - respondo eu.
- Esqueceu-se?... - questionam vocês.
- Hum... aqui há gato!... - insinuo eu, sinuosa e maledicente.
Muito bem, aqui vos deixo este primeiro capítulo desta magnifica aventura e desafio-vos a darem-lhe continuação.
Quem lhe pega?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

É ISSO AÍ, SEU MURILO!!

Por Madalena S.


Tinha eu acabado de deixar um comentário no post anterior, confessando a minha lamentável ignorância relativamente ao feliz contemplado com o Prémio Leya, quando, em pesquisa aplicada na blogosfera tentando descobrir coisas sobre o dito, me deparo com um post no Bibliotecário de Babel, admitindo exactamente a mesma brancura de dados.
Fiquei logo mais contente. Afinal o defeito não é meu.
Mas o melhor do post são os comentários. Um deles fornece, finalmente, informação sobre o Murilo - jornalista, faz documentários para a TV, na Amazónia, e estreou-se assim na escrita - toma lá 100 mil euros.
Lembram-se quando discutimos sobre quem é que iria ganhar com a atribuição deste prémio? Agora já temos a certeza: Seu Murilo recebe em numerário mas a Leya recebe em espécie já que só com o facto de o prémio ir para o Brasil, numa altura em que os ânimos luso-brasileiros estão quase em vias de facto por causa do acordo, vai chegar pela certa uma época de controvérsia que vai colocar de novo o nome do grupo nas 1ªs páginas.
Digo eu, sei lá!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Prémios Prémios Prémios e Muito Amor Pelos Felinos

por: João Silveira


PRÉMIO LEYA: e o vencedor é: Murilo António de Carvalho com O Rastro do Jaguar.
MAN BOOKER PRIZE 2008: and the winner is: Aravind Adiga, com The White Tiger.

domingo, 12 de outubro de 2008

Por Andreia Azevedo

Buenas Pessoal!
Aqui fica a minha sugestão (embora um pouco atrasada) do nova imagem do blogue. Quem tiver algo a dizer, que diga agora ou se cale para sempre. :p

Aproveito ainda para deixar a minha primeira sugestão de reflexão, neste 3º semestre de Mestrado:

Até que ponto poderemos ressalvar o estilo de um autor?

Almedina comprou Actual Editora

Por Carlos Pinheiro

A Almedina - uma das principais editoras portuguesas na área do Direito e proprietária de várias livrarias, uma delas de grande dimensão, no Atrium Saldanha, em Lisboa - comprou a Actual Editora, especializada em Economia e Gestão. Segundo o presidente do Grupo Almedina, Carlos Pinto, o objectivo passou por alargar o catálogo de livros técnicos e profissionais publicados, alargando-o às áreas económicas. O Grupo Almedina inclui ainda as Edições 70, chancela preponderante no domínio das Ciências Sociais e Humanas, como a História, a Sociologia e a Linguística.

Planeta volta para Portugal

Por Carlos Pinheiro

A Planeta, uma das maiores editoras espanholas, europeias e mundiais (a sétima, ainda antes de ter adquirido o grupo editorial francês Editis), com uma enorme presença em todos os países sul-americanos e crescente projecção no Brasil, vai voltar para Portugal, agora com a sua própria marca, começando a publicar muito provavelmente no início de 2009. Recorde-se que a editora fundada em 1949 em Barcelona, comprou uma das principais editoras portuguesas, a D. Quixote, a Nelson de Matos, em 1999, acabando por a vender ao grupo Leya em final de 2007, depois de ela própria, Planeta, ter tentado comprar (ou pelo menos estudado essa possibilidade) outras editoras, designadamente a Verbo, a Gradiva e a Terramar, sendo o seu objectivo conseguir 20% do mercado - objectivo falhado, no final das contas.

Santillana entra na ficção

Por Carlos Pinheiro

A Santillana, um gigante editorial de língua espanhola, pertencente ao grupo Prisa, vai lançar-se também na edição de livros não-escolares em Portugal. A editora, com forte implantação no mercado da América Latina, já edita livros escolares no nosso país com a chancela Santillana Constância. Agora, decidiu apostar num segmento de mercado muito disputado onde os maiores grupos concorrenciais são os da Leya, da Bertelsmann e da Porto Editora.

Novo site sobre Literatura portuguesa

Por Carlos Pinheiro

Acaba de surgir um novo espaço na Internet dedicado à Literatura e à Língua Portuguesas: http://www.pnetliteratura.pt/. Nele surgem críticas de poesia, romance e tradução (por Jorge Reis-Sá, Pedro Teixeira Neves e Maria do Carmo Figueira, respectivamente), bem como textos inéditos de Almeida Faria e Gonçalo M. Tavares. A coordenação é de Luís Carmelo, que também assina crónicas.

Novo site da APEL

Por Carlos Pinheiro

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) colocou no ar um novo site: http://www.apel.pt/. Além da informação sobre a Associação e os associados, o site possui um centro de documentação (com estudos e estatísticas, bem como material sobre direitos de autor ou apoios e incentivos à edição), um catálogo bibliográfico e uma página de notícias.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

...E O NOBEL VAI PARA... LE CLÉZIO!

Por Madalena S.


Jean Marie Gustave Le Clézio é o novo Nobel da Literatura.
O último francês a receber este prémio tinha sido Claude Simon, em 1985, e antes disso, em 1964, Jean Paul Sartre recusou o prémio!
Claro que houve mais, entre eles Mauriac, André Guide ou Roger Martin du Gard, apenas a título de exemplo.
E, curiosamente, o primeiro nobel, em 1901, também foi para um francês - Sully Prudhomme.
Coloco à consideração: quem conhece a obra de Le Clézio? Quem já leu?
Eu confesso que apenas conheço o nome mas nunca me cruzei com a sua escrita.
Este é talvez o grande efeito imediato do Nobel da Literatura - às vezes os premiados são autores de quem a maioria das pessoas nunca ouviu falar e, por via do prémio, passam a constar na galeria dos nomes a ter na estante lá de casa, por um lado, e a ler qualquer coisa, por outro. Já não é mau.
Para não falar dos próprios para quem, ao que parece, é de facto bastante bom.
É claro que há muitos que, se eram desconhecidos antes do prémio, continuam a ser desconhecidos depois do prémio - quem passou a conhecer e a ser leitor assíduo do Vidiadhar Surajprasad Naipaul, de Trinidad e Tobago, que foi galardoado pela Academia Sueca em 2001, ponha o dedo no ar!
E que dizer do Bjornestjerne Martinus Bjornson que foi o premiado de 1903 e que há-de ser certamente muito famoso na sua Noruega natal por cujo hino é inclusivamente responsável, ao que parece, mas que há-de estar por aí nos fundos das bibliotecas a ganhar pó?
Bom, quero eu dizer com isto o seguinte: o nobel da literatura, e se calhar de outras disciplinas, equivale aos 15 minutos de fama a que todos aspiramos e apenas alguns alcançam?
Está aberto mais um debate.
Sobre Le Clézio e o nobel podem ler-se mais coisas também no Blogtailors.

O CADERNO DE SARAMAGO

Por Madalena Silva


Para quem gosta de Saramago, há um novo sítio para o ler regularmente aqui na net: O caderno de Saramago, em http://caderno.josesaramago.org/, um blog sui generis já que o escritor se limita a criar os conteúdos cabendo a manutenção do blog a Pilar, Sérgio e Javier, tal como o próprio nos diz no breve editorial, ou apresentação, ou lá o que é o pequeno texto à margem.
Os comentários também estão fechados pelo que apenas temos a possibilidade de ler, não interagindo de modo nenhum com o escritor.
Mas ainda assim, não deixa de ser um prazer dispor de um novo texto do Saramago quase diariamente.
Aconselho vivamente a leitura do 1º texto, no dia 17 de Setembro que, como o próprio explica na nota introdutória, é uma espécie de carta de amor a Lisboa.
Quando o li, pensei de imediato n' O ano da morte de Ricardo Reis, em minha opinião o mais belo romance do nosso nobel.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

MORRA O PINTO, MORRA! PIM!

Por Madalena S.


Hoje, 7 de Outubro, da.puta.madre teceu um comentário ao post do Carlos Pinheiro sobre Paulo Teixeira Pinto, em 1 de Agosto.
Já leram? Não? Leiam. E depois expliquem-me.
Caro, ou cara, da.puta.madre: não consegui perceber tão grande zanga com o PTP.
Mas isso não invalida que também eu não goste do homem. Que, verdade se diga, não gosto.
Agora, será que é porque ele não é poeta? Ou, pelo contrário, porque ele é um poeta de truz?
Não acreditam?!
Atentem na notícia saída no Público em 18 de Janeiro passado: o homem entrou no bcp em 1995, foi promovido a presidente em 2005 e foi despedido dois anos depois, em 2007, o que lhe deu direito a uma indemnização de 10 milhões de euros e mais uma pensão anual vitalícia de 500 mil euros. Não sou eu que digo, é o Público que é um jornal sério.
Eu posso perfeitamente falar mal porque parte destas verbas sai dos juros que o bcp me come por me ter emprestado o "guito" para eu comprar a minha casa. Ou seja, também ajudo a sustentar o poeta!
Mas temos de ser sinceros - o que nos faz falar mal não é um bocadinho de inveja?
Convenhamos que um tipo que ao fim de 12 anos num banco consegue "negociar" a sua saída com estas condições, das quatro, cinco: ou é um ás do pedal, ou é um ás do pedal que ainda por cima conhece bem as bicicletas ilegais dos outros ases do pedal!
Portanto, poeta não será. Ciclista é de certeza. E editor? É? Ou não é? Comprou a Guimarães. Fui à net mas a página está em construção.
Procurei pela Atica. Não encontrei nada. O que é mau sinal porque significa que, mesmo que a informação lá esteja, está tão mal arrumada que é como se não estivesse.
De modo que decidi colocar à consideração geral, deixando um pequeno inquérito:
Avalie cada questão de 1 a 5, sendo que 1 é "não"; 2 é "nem não, nem sim, antes pelo contrário"; 3 é "que é que temos a ver com isso?"; 4 é "pois, 'tá bem, na volta cá te espero" e 5 é "caguei!"

1 - Paulo Teixeira Pinto é um poeta
2 - Paulo Teixeira Pinto não é poeta, mas faz poesia
3 - Paulo Teixeira Pinto é um tipo rico, não é poeta, nem faz poesia, mas é editor
4 - Paulo Teixeira Pinto não é editor
5 - Paulo Teixeira Pinto venceu o Tour de France mais vezes que o Lance Armstrong
6 - Paulo Teixeira Pinto pedala enquanto faz poesia e edita a biografia não autorizada do Joaquim Agostinho
7 - Paulo Teixeira Pinto é um Dantas, pim pam pum
8 - Morra o Pinto, Morra! Pim

Está aberto o debate.
Fico à espera dos comentários para criarmos aqui um Fórum de discussão em torno do PTP.

domingo, 5 de outubro de 2008

DINIS MACHADO, in memoriam.

Por Madalena Silva

Há algum tempo que estamos parados. As férias e o início dos estágios para muitos, e do trabalho e preparação de projectos para outros, fizeram com que o nosso blogue se acomodasse algures no sossego da rede em silêncio e quase sem se dar por ele.
Por outro lado, julgo que o facto da "criadora" do aspecto e da organização do blogue ter sido a Andreia, terá inibido os restantes no que respeita a actualizações diferentes do que sejam as simples mensagens e comentários.
Ora, como sabem, eu sou pouco inibida e se, até agora, a Andreia não lhe mexeu é porque certamente não pode e, como tal, alguém tem de se chegar à frente. O blogue é colectivo se bem estão lembrados.
E porquê hoje? - Perguntam vocês.
Por várias razões. - Respondo eu. A saber:
1 - Porque até hoje também não tinha tido tempo.
2 - Porque hoje é dia de comemorar a República e como já não há republicanos genuínos, daqueles que andaram aos tiros na rua (ao que parece o último conhecido finou-se no ano passado), alguém tem de assinalar as efemérides.
3 - Porque estou um bocado azul com este roubo descarado que constitui a coincidência de um feriado num domingo! Devia haver uma lei a proibir estas coisas.
4 - Porque (e esta é de facto a mais importante e a que deve verdadeiramente contar) não se pode ter um blogue sobre edição e não prestar tributo a Dinis Machado, falecido ontem aos 78 anos.
Transcrevo aqui a nota biográfica constante da badana da minha edição de O que diz Molero, publicada em Fevereiro de 1987 pelo Circulo de Leitores, com licença editorial por cortesia da Livraria Bertrand:
"Dinis Ramos Machado nasceu a 21 de Março de 1930, em Lisboa. Viveu no Bairro Alto até aos trinta e três anos. Foi jornalista desportivo no Record, no Norte Desportivo, no Diário Ilustrado e no Diário de Lisboa. Organizou no princípio dos anos sessenta, os primeiros ciclos de cinema da Casa da Imprensa e fez crítica de cinema na revista Filme onde "escrevi as minhas grandes primeiras asneiras verdadeiramente convencidas".
Praticou de tudo um pouco, do poema à entrevista, espalhado ao desbarato. Escreveu três livros policiais em 1967 (Mão Direita do Diabo, Requiem para D. Quixote e Mulher e Arma com Guitarra Espanhola) com o pseudónimo de Dennis McShade na colecção Rififi, que dirigia na altura. Publicou dez anos depois O que diz Molero, que teve treze edições, com cerca de cem mil exemplares vendidos. O livro foi traduzido em espanhol, búlgaro, romeno e alemão. Fez também adaptações e outros trabalhos para televisão. Publicou em 1984 o texto Discurso de Alfredo Marceneiro a Gabirel Garcia Márquez, ilustrado por Fátima Vaz."
A actualização desta nota biográfica pode ser feita a partir de algumas notícias saídas entre ontem e hoje nos periódicos nacionais:
Correio da Manhã
Lusa
TSF online
RTP
DN
PÚBLICO
RR

Deixo ainda o link para a entrevista publicada no P2 do Público, no dia em que fez 77 anos e cuja leitura recomendo vivamente.
A concluir, direi que independentemente de todos os textos que escreveu e publicou, e que merecem ser lidos, O que diz Molero é igualmente leitura obrigatória e devia constar dos manuais escolares. (Não sei se consta, mas a fazer fé nos decisores da educação neste país, tenho sérias dúvidas. Alguém me diga se estou enganada que eu farei aqui publicamente a minha contrição.)
Por isso, como TPC para todos os meus colegas: ler, ou reler, O que diz Molero.
E um obrigado ao Dinis Machado, por ter escrito este e outros.



sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Sites novos

Por Carlos Pinheiro

Para quem gosta de ler Fernando Pessoa e José Saramago, aqui ficam dois novos endereços que vos podem agradar. A propósito do primeiro, a Casa Fernando Pessoa acaba de renovar o seu site oficial (e bem, já não era sem tempo), dando uma lufada de ar fresco para a instituição cultural liderada por Inês Pedrosa. O design do novo endereço electrónico (http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/) é da responsabilidade do famoso ilustrador Henrique Cayatte. Nele, podem encontrar informação sobre a programação cultural, elementos biográficos sobre o poeta, um arquivo de poesia, uma biblioteca e algumas hiperligações úteis. Quanto ao segundo, trata-se do blogue oficial da Fundação José Saramago (http://fundjosesaramago.blogspot.com/), com notícias e outros conteúdos referentes ao escritor e à sua obra, e que confere a possibilidade aos cibernautas de trocarem impressões entre si e de deixarem comentários sobre os textos saramaguianos que mais os marcaram.