terça-feira, 27 de maio de 2008

ISABEL DA NÓBREGA

Por Madalena Silva
No último JL, saiu uma entrevista belíssima com Isabel da Nóbrega cuja leitura recomendo vivamente.
Deixo aqui um apontamento de que gostei particularmente: "Gosto muito de estar cá. Se pudesse, não morria. Um dia, disse à minha filha que me pusessem na campa: Aqui jaz, indignada, Isabel da Nóbrega".
Subscrevo inteiramente.
Deixo ainda para reflexão e possível tema a discutir entre nós, o excerto de uma das suas respostas sobre o que hoje se edita:
"(...)Quando agora entro numa livraria e olho à esquerda e à direita e só vejo aqueles livros que estão a sair, com aqueles títulos e capas, a que dantes chamávamos livros de gare, que se vendiam nas estações, pergunto-me o que estão a fazer os editores, o que trazem aos novos para comprarem e darem aos amigos? Porque há uma responsabilidade no que se edita. E a verdade é que os grandes escritores actuais talvez sejam menos conhecidos do que uns tantos que escrevem ligeirinho, ligeirinho. Ficamos entre o futebol e esses livros. Não percebo para onde vão."
Nem eu.

3 comentários:

Anónimo disse...

Esta afável senhora, no Correntes d'Escritas, disse-me algo como "lê muito e serás um grande editor", enquanto eu dava uma garfada no lombo de porco.

Anónimo disse...

E sabes que mais, caro Dinis?
Estou convencida de que a senhora tem carradas de razão.
Basta pensarmos na aula de hoje e na descrição que o Carlos da Veiga Ferreira nos fez sobre o que é o seu dia/noite normal de trabalho e tudo nos leva a confirmar a ideia de que para se ser um grande editor é fundamental ser um ávido leitor.
E o lombo de porco, estava bom?

Anónimo disse...

Era lombo de porco, simplesmente.

Sim, ler muito, para que nenhum manuscrito nos engane.