terça-feira, 1 de abril de 2008

Os Livros e o Cinema...

Por Andreia Azevedo

Em mais uma das minhas caminhadas até ao trabalho e observando as montras das lojas do Aeroporto, tenho reparado na quantidade exorbitante de livros que estão a ser adaptados ao cinema.

Questões que se colocam:

1. É a produção cinematográfica um forte veículo de promoção dos respectivos livros?

2. Qualidade Literária vs Comércio

3. Cinema: Incentivo à compra ou maior afastamento da leitura tendo em conta que ja se "conhece a história"?

4. As adaptações cinematográficas são moda?

5. Que tipo de romances passam para o grande ecran? Os dos "grandes escritores" ou dos jovens principiantes?

6. O que nasce primeiro, o livro ou o filme?

2 comentários:

João Santos disse...

1. Claro. Repara no caso d'AS PALAVRAS QUE NUNCA TE DIREI e na quantidade de pessoas que se lembram e compraram a edição onde o Kevin Costner aparece na capa.

2. ?

3. Respondo-te na 6.

4. Não. Fazem-se há muitos, muitos anos.

5. Depende do realizador mas, na verdade, há um número INCRÍVEL de filmes adaptados a partir de livros (hás-de reparar no genérico: "from/ based on the work/book...")

6. Nasce cada um na sua altura visto que uma adaptação de um livro para cinema não deixa de ser um filme, ou seja, uma obra singular. Daí que - e respondendo-te à 3 - as adaptações cinematográficas funcionem para os dois lados: quem acha que o livro é igual ao filme, surpreende-se ao lê-lo (positiva ou negativamente, claro); quem acha que um filme é um filme e um livro é um livro, faz a sua escolha sem pensar no "fim" mas antes no "modo como".

Anónimo disse...

1. É sim. Existem muitos exemplos. Além do exemplo do João, temos também The Hours ou mesmo The Lord of the Rings.

2. Depende do livro/filme. Não sei bem o que queres saber com isso.

3. Depende de cada um. Eu sou daqueles que raramente lê o livro se já vi o filme. Mas se li o livro e sai o filme tenho de o ver. Geralmente desiludo-me. Concordo plenamente com o João que uma adaptação é uma obra de arte singular. Existe a ideia que adaptar um livro para argumento passa pelo processo de o ler, fechá-lo e escrevê-lo. Não é fácil adaptar ou fazer uma versão.

4. Não é moda.

5. Todo o tipo de obras têm potencial para passar para o cinema. Até as cartas entre Pessoa e Sá Carneiro: "Conversa Acabada" do João Botelho.

6. A questão é estranha, mas pelo que entendi dela posso dizer que não sei de nenhum filme que deu em livro, só o contrário.