quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Há Pr€mios e Prémios

Ao continuar as minhas leituras dos jornais gratuitos (desta feita o Destak) deparei-me com a seguinte notícia de dia 3 de Janeiro “Ex-empregada dos Correios conquista importante prémio literário do Reino Unido”. A notícia é um pouco confusa mas resumidamente conta a história da senhora Catherine O'Flynn, que trabalhava nos Correios e que após várias rejeições por parte de diversas editoras, conheceu a sua sorte ao ganhar o Costa Book Awards um dos mais “prestigiados” prémios (depois da última aula sempre que me referir a prémios prestigiados farei uso de aspas) do Reino Unido com a obra What Was Lost.


Tudo isto é interessante e é sempre bom conhecermos novos escritores que fazem sucesso pelo mundo fora, principalmente quando contrariam o poder das editoras consagradas mas interessante também é conhecermos o valor do prémio. Ora com este prémio a senhora Catherine O'Flynn arrecadou a módica quantia de 7150 € o que, pelas minhas contas, não chega a representar um décimo do “prestigiado” (talvez aqui devesse colocar ainda mais aspas) prémio Leya no valor de 100 000 €.


Estará Portugal a inflacionar o mercado dos prémios “prestigiados”?


Nuno Fernandes

1 comentário:

Anónimo disse...

Nitidamente.
Aliás, como em muitas outras coisas, Portugal gosta de ir na vanguarda. Às vezes também vai na rectaguarda. Depende das circunstâncias, mas jogo de cintura foi coisa que sempre tivemos.
Estou cada vez mais curiosa relativamente ao regulamento do "prestigiado" Leya.
Será que é só para nacionais? Ou apenas para obras em língua portuguesa, independentemente da nacionalidade do autor? Não se esqueçam que o Grupo tem uma editora angolana e outra moçambicana, para além de que o Brasil é sempre um mercado a cobiçar. Lembrem-se do "prestigiado" prémio PT.
Enfim, como a curiosidade matou o rato, vamos aguardar serenamente.