Por Andreia Azevedo
Se bem se recordam, foi lançado no blog um inquérito, onde se questionava se o livro digital substituiria ou não o livro em papel.
A vitória do não foi esmagadora, mas será mesmo assim?
Ao folhear a revista Os meus Livros de Janeiro de 2008, conheci o novo aparelho de leitura de livros digitais, lançado pela Amazon: o Kindle.
A Revista apresenta o novo aparelho, a par de um debate acerca dos prós e contras que este acarreta.
Enquanto Vasco Teixeira (Porto Editora) considera um bom passo e acredita em mais desenvolvimentos num futuro próximo, António Lobato Faria (Oficina do Livro) coloca uma questão em cima da mesa: como se preservará os direitos autorais?
Por fim, Francisco Vale (Relógio d´Água) acredita que o valor do livro em papel é inabalável.
É interessante analisar estas duas últimas opiniões. A primeira delas mais realista, apontando uma situação que poderá prejudicar e muito os autores, tendo em conta que muitos sobrevivem com o que amealham das vendas dos seus livros. Se esses mesmo livros se tornarem um “objecto” de livre acesso na Internet, qual será a situação dos respectivos autores? Como será a sua subsistência? E a mesma questão se coloca em relação às editoras.
A opinião de Francisco Vale, já me parece muito mais utópica, tendo em conta a sua postura de demasiadamente convencido que existe uma consciência colectiva do verdadeiro valor das coisas.
Todos sabemos, e por favor não sejamos cínicos, que o excesso de maquinação preenche o mundo e que as pessoas se guiam muito mais por modas do que propriamente por ideais. Não podemos por ventura acreditar que por mais que um grupo restrito valorize um livro impresso em papel, as modas não levem a maioria a optar por aquilo que é considerado o futuro e o avanço, deixando para trás o velho. Acham que as pessoas vão deixar de acreditar que estão a evoluir (pseudo evoluir, mas não interessa)?
É importante reflectir sobre a questão apresentada por António Lobato Faria, mais do que na questão de ser pouco cómodo enquanto sistema de leitura.
Há que pensar nas consequências nefastas que o Kindle e futuros "irmãos" poderão trazer, e combatê-las.
Por que é que pensamos sempre em grupos como conjuntos restrictos e não num todo? É possível criar algo que seja vantajoso a todos, não?
Se bem se recordam, foi lançado no blog um inquérito, onde se questionava se o livro digital substituiria ou não o livro em papel.
A vitória do não foi esmagadora, mas será mesmo assim?
Ao folhear a revista Os meus Livros de Janeiro de 2008, conheci o novo aparelho de leitura de livros digitais, lançado pela Amazon: o Kindle.
A Revista apresenta o novo aparelho, a par de um debate acerca dos prós e contras que este acarreta.
Enquanto Vasco Teixeira (Porto Editora) considera um bom passo e acredita em mais desenvolvimentos num futuro próximo, António Lobato Faria (Oficina do Livro) coloca uma questão em cima da mesa: como se preservará os direitos autorais?
Por fim, Francisco Vale (Relógio d´Água) acredita que o valor do livro em papel é inabalável.
É interessante analisar estas duas últimas opiniões. A primeira delas mais realista, apontando uma situação que poderá prejudicar e muito os autores, tendo em conta que muitos sobrevivem com o que amealham das vendas dos seus livros. Se esses mesmo livros se tornarem um “objecto” de livre acesso na Internet, qual será a situação dos respectivos autores? Como será a sua subsistência? E a mesma questão se coloca em relação às editoras.
A opinião de Francisco Vale, já me parece muito mais utópica, tendo em conta a sua postura de demasiadamente convencido que existe uma consciência colectiva do verdadeiro valor das coisas.
Todos sabemos, e por favor não sejamos cínicos, que o excesso de maquinação preenche o mundo e que as pessoas se guiam muito mais por modas do que propriamente por ideais. Não podemos por ventura acreditar que por mais que um grupo restrito valorize um livro impresso em papel, as modas não levem a maioria a optar por aquilo que é considerado o futuro e o avanço, deixando para trás o velho. Acham que as pessoas vão deixar de acreditar que estão a evoluir (pseudo evoluir, mas não interessa)?
É importante reflectir sobre a questão apresentada por António Lobato Faria, mais do que na questão de ser pouco cómodo enquanto sistema de leitura.
Há que pensar nas consequências nefastas que o Kindle e futuros "irmãos" poderão trazer, e combatê-las.
Por que é que pensamos sempre em grupos como conjuntos restrictos e não num todo? É possível criar algo que seja vantajoso a todos, não?
1 comentário:
Peço desculpa se com esta minha opinião demonstrar, para alguns, insensibilidade ecologista. É que sou uma leitora compulsiva, embora com sentido do beneficio das novas tecnologias, prefiro os livros em papel. Além das histórias que nos contam faz-me falta o cheiro do papel o cheiro das tintas novas o contacto fisico com as folhas impressas. E que dizer do cheiro do papel velho? Daí que não prescinda da minha biblioteca e seja mesmo o tesouro mais valioso que tenho em minha casa.
Enviar um comentário